Hora de Mudar

Confiar ou não confiar? Eis a questão

Confiar ou não confiar? Eis a questão

"Confiar"

"Confiar"- Foto: José Eduardo Boaventura

 

Tenho pensado muito como quero resolver algumas situações.

Pensei, pensei e resolvi compartilhar meus pensamentos sobre o assunto mesmo sabendo que é uma opinião bem pessoal.

O faço porque cheguei à conclusão que pode ajudar na reflexão a quem ler este post e que como eu quer entender a si mesmo e principalmente entender aos outros que o cercam no dia a dia.

Ao longo de nossa vida vamos convivendo com várias pessoas, a família, os amigos, os conhecidos, os colegas de trabalho e as más companhias. Para cada um vamos atribuindo um grau de confiança baseado em aspectos subjetivos inicialmente. Normalmente confiamos mais numa pessoa de nossa família do que num estranho que acabamos de conhecer numa reunião, mas será que nosso parente é melhor que a outra pessoa?

Nem sempre. Geralmente nos machucamos mais com as pessoas que “coloco a mão fogo por ela”, seja parente ou não.

É bem difícil saber se devemos ou não confiar em alguém. As duas opções apresentam riscos e são perigosas, principalmente num mundo conturbado por despreparo, displicência, pouco caso, enganos, superficialidades e traição.

Claro que todos nós precisamos de amigos de confiança que nos apóiem em momentos de dificuldades.

Então por que é perigoso?

Porque sempre tem os aproveitadores, lobos vestidos de cordeiros, que com sua lábia, conseguem manipular as situações para tirarem vantagens para si e prejudicar as pessoas de boa fé.

Confiar em demasia pode nos levar a sermos enganado e geralmente isso acontece porque queremos que seja verdade o que o “lobo” nos conta, nos deixamos ludibriar pelas várias pequenas mentiras que vão nos dando a pretensa confirmação da mentira apresentada.

E se pensas que só os ingênuos são enganados você se engana. Todos nós podemos ser envolvidos e levados a acreditar cegamente nessas histórias simplesmente porque desejamos que fosse verdade.

Somos enganados porque fechamos os olhos aos detalhes, porque acreditamos na conversa “mole” e fácil, enganando a nós mesmo. Temos a tendência de sempre crer no que desejamos mesmo que seja a coisa mais impossível.

É preciso abrir a caixinha da nossa mente e olharmos tudo com muita paciência e racionalidade. Confiar apenas em nossos sentimentos ou na emoção pode ser muito perigoso.

Mesmo pessoas muito alertas e cuidadosas muitas vezes são enganadas por pessoas aparentemente de confiança. Como confiam abaixam a guarda e não prestam atenção nos sinais, nos detalhes.

Mas, também não confiar em ninguém ou em nada pode ser perigoso.

Como pode uma relação ser feliz e íntima sem a confiança? A desconfiança exagerada pode tornar uma pessoa infeliz e sem amigos e parceiro.

Sou da opinião que mais vale sermos enganados às vezes, do que não confiar em ninguém.

Não vale a pena por conta da desconfiança ter sérios problemas de saúde e estudos científicos provam que isso pode acontecer. Se aceitarmos a idéia que às vezes podemos nos enganar sobre alguém ou sermos enganados, sofreremos menos e isso nos previne, por exemplo, de sérios problemas de um ataque cardíaco que pode até matar.

Não podemos ser ingênuos e inexperientes e acreditarmos cegamente em tudo e em todos, mas devemos sim olhar e analisar bem onde e em quem devemos depositar nossa confiança.

Se estivermos alerta aos riscos é mais fácil nos prevenirmos, da mesma maneira que fazemos ao atravessar uma ponte velha, quando vamos comer comida japonesa ou vamos num brinquedo de alto risco num parque de diversão.

Examine tudo, cada detalhe, cada palavra, cada gesto do mesmo jeito que ao ir numa joalheira para comprar uma jóia antes você se informará da idoneidade da loja, do modo como vai ser tratado, da autenticidade do brilhante que vai comprar. Não se compra uma jóia de quem não se confia.

Não tenha pressa em confiar, mas também não se apresse a julgar má fé.

Eu escolhi presumir que com quem me relaciono (pessoal e profissionalmente) desejam fazer o que é melhor para mim.

Penso assim: Se eu for enganado uma vez a vergonha será dele, mas se eu for enganado duas vezes a vergonha será minha.

Nos relacionamentos a falta de confiança é o fim do relacionamento, seja ele pessoal ou profissional.

É preciso ser tolerantes aos erros e imperfeições dos outros. Nem sempre a traição foi intencional, pode ter sido resultado de um momento de fraqueza que a pessoa depois fica a se lamentar profundamente.

Ficar remoendo a traição não é bom para a saúde e nem pode impedir de confiar em outras pessoas. Na maioria das vezes as experiências amargas e negativas nos fazem crescer nas futuras relações.

É sempre melhor confiar demais do que confiar jamais.

 

 

 

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